terça-feira, 2 de novembro de 2010

Não votei nela. Pertencia ao PMDB, partido que lutou contra o regime militar, mas nunca fui a favor da luta armada, integrando o bloco da diplomacia cujas lideranças tinham renomados e intocáveis democratas, com Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Mário Covas e outros. E a vitória foi alcançada justamente por estes e não pelos que achavam que tinham, cada um, um pedaço de Che Guevara. Mas, confesso, gostei do discurso que ela fez tão logo foi eleita. Mostrou que tem diretrizes a tomar. Mostrou que é democrata na essência, ao falar da liberdade de imprensa. Mas, sem qualquer crítica, andou desmentindo o presidente Lula, ao dizer que não sossegará enquanto houver miséria no Brasil, coisa que o Lula esteve dizendo que colocou fim. Mas, a eleição trouxe ainda à tona outros fatos. Aqueles 3% de rejeição ao Lula, mostrados em várias pesquisas, foram desmentidos com a votação do Serra, os quase 30% de abstenção, votos brancos e nulos, além do caso Marina que não deixa de ser também uma oposição ao presidente. Outro fato é que o Duda Mendonça, ao preparar o último programa do horário político da Dilma, quase ao final, citou todos os presidentes eleitos do Brasil e, ao chegar no Lula, disse que ele foi o melhor presidente de todos eles. Calma Sr. Duda Mendonça. Bastam dois feitos do Juscelino para superar em muito o Lula: a construção de Brasília e o asfaltamento da Br 116 (Rio/Bahia), na época a mais importante rodovia do Brasil. Sem falar das fábricas de veículos que ele trouxe para o Brasil. E tem mais: Getúlio Vargas foi quem deu ao trabalhador a condição jurídica que ele tem hoje, inclusive carteira assinada, férias e etc. Criou também a Petrobrás, que é hoje o doce de coco do Lula e da Dilma, além da construção da Usina de Volta Redonda, da criação da Vale do Rio Doce, e isto tudo durante a crise da Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil ainda era uma verdadeira colônia.

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