quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Em uma edição mais anterior da revista Isto É, estava na capa o Cezare Batisti e escrito em baixo; CIDADÃO BRASILEIRO. O fato me reportou ao Elias, craque do Corinthians e que chegou à seleção brasileira. Liguei os dois fatos e li na reportagem da revista que o Batisti estava com a sua identidade e CPF no bolso e que iria abrir conta em banco e depois escrever um livro sobre o tempo em que ficou preso. Ao mesmo tempo, lembrei-me que o Elias, preso por não pagar pensão alimentícia, também saiu da cadeia falando que iria escrever um livro. Todo mundo dando uma de Graciliano Ramos. Só mesmo no Brasil que um terrorista italiano, que enlutou várias famílias em seu país, encontraria cidadania dada pelo presidente da República com todos os direitos. Como é dura a mão e contramão da história. E me perguntei: e o Nico e o Fedeno? Ninguém vai escrever sobre eles? Um já morreu e o outro está preso. Mas escreveram uma página em Monlevade. Menos pior do que a do Batisti. A pensar que o Joaquim José da Silva Xavier, o nosso Tiradentes, morreu numa revolta contra o imposto de um quinto que era levado para Portugal. E hoje nós pagamos quase 50% e ainda querem criar mais um para a saúde. Hajam mão e contramão! E estômago.

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