Chico Franco

Pedindo desculpas aos leitores pela minha ausência nas postagens, em razão de um defeito no computador, retorno falando de um assunto atualíssimo. Estive conversando com empresários e consumidores nesta semana que findou e o assunto era sempre a crise. E eu indagava: que crise? Passei a minha infância vivendo a segunda guerra mundial e o regime ditatorial de Getúlio Vargas. Os dois terminaram juntos e o mundo passou por recessão. Em l954, já adolescente, vi o suicídio de Getúlio Vargas que deixou o Brasil em pé de guerra. A inflação já girava em torno de 5%. O Juscelino tomou posse a seguir e a inflação chegava aos quase 10%. Veio, logo depois, a renúncia de Jânio Quadros e o Brasil entrou numa crise institucional gravíssima, com Jango e Brizola querendo uma reforma a modo deles, que levaria o país ao comunismo, com a criação das Ligas Camponesas e focos de atritos rurais por toda parte. A inflação subia ao patamar de l5%. Depois veio o golpe militar e o Brasil entrou numa verdadeira recessão de fazer medo, com o Castelo Branco indo para a televisão pedir ao povo que não comprasse nada, como forma de combater a inflação, numa autêntica contramão do desenvolvimento. A inflação no mesmo patamar. Terminou o regime militar, entrou o Sarney, e chagamos aos 88% de inflação. Sai o Sarney e entra o Color de Mello, que sequestrou o dinheiro dos brasileiros. Alguém pode pensar em crise no Brasil com problemas distantes como Grécia,Itália, Portugal e outros mais? Nunca mais passaremos por momentos amargos como os já vividos. A crise brasileira é em razão de políticos corruptos, de ministros idem e de crápulas como quem acusa, critica e utiliza pseudônimo.