sábado, 28 de janeiro de 2012
Estive conversando neste sábado com Renato Lage, nativo desta terra como todos os irmãos, e ele me falava do desprezo em que se encontra a nossa cidade. Ele trazia nas mãos um exemplar do jornal A Notícia, que tinha como manchete principal o descaso das autoridades monlevadenses com relação à paralisação na Usina Arcelor. E dizíamos que tanto o poder executivo quanto o legislativo, no atual mandato, estão devendo muito, ou tudo até. Não há presença deles. Não aparecem nem para dizer que nada podem fazer, ou que nada sabem fazer, o que seria até confortável para quem se ocupou de comparecer às urnas quando foram eleitos. Ficaríamos, todos nós. mais aliviados pelo erro que cometemos. Democraticamente aliviados. E olhávamos o centro da cidade, com todo aquele movimento nas manhãs de sábado, com pedestre atropelando veículos que, quase sempre, precisam parar para não haver inversão do fato, andarilhos ajudando a complicar tudo, asfalto da Getúlio Vargas quase todo trincado bem no centro próximo à casa lotérica, trombadinhas e mais trombadinhas nos passeios que medem um metro, e, o pior: uma falta total de perspetiva para um futuro promissor. Não há estudo e nem projeto para um plano diretor que venha resolver o problema que será bem maior no futuro. Vivemos sem esperança. E dizíamos, eu e ele, como os políticos que amavam esta terra mais do que tudo, desapareceram. Como líderes empresariais, homens abnegados que aqui viveram e que deram tudo pelo bem desta terra, caíram no esquecimento. E ainda deram lugar para quem não tem outro compromisso do que consigo mesmo. Compromisso da ambição, da vaidade, do egocentrismo e de outros interesses inteiramente funestos aos princípios do dever de quem sonha e precisa legar um mundo melhor, ou, pelo menos, menos pior do que encontrou e do que aqui está, principalmente desta terra que pisamos e nela estamos muito mais por amor do que pela necessidade.
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