sábado, 24 de março de 2012

Na minha postagem anterior falei da questão da memória monlevadense, onde desapareceu a figura da Dra. Déa, pediatra que deixou de lado a profissão para se dedicar ao Hospital Margarida, de forma brilhante. Bem, vamos deixar essas coisas para os desamantes. Não são mais que 30% da população que viveu os governos de Antônio Gonçalves. Uns se foram para sempre e outros para lugares distantes, Mas quem viveu o governo dele pode medir exatamente a dimensão de um homem equilibrado. Peemedebista de quatro costados, a exemplo do Bio, Antônio de Melo, Vaccari, Ulete Mota, Vicente Correa e outros, não o PMDB de hoje, mas de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, teve um mandato tampão de 7l/72, governando o município com o General Faceli dentro do seu gabinete. Faceli era o chefe do serviço burocrático do regime militar. Nem por isso se deixou abater. Chegou a ignorar a presença do militar. Em l976 recebeu novamente a prefeitura com uma herança maldita: R$30 milhões de dívida, três meses de salários dos funcionários atrasados e um aumento dado através de Decreto incompatível com o modelo econômico da prefeitura. Não se abalou. Controlou a situação e cumpriu mais seis anos de governo. Antônio Pirraça, como todos sempre o chamaram, ao lado do Bio, foi uma das pessoas mais importantes da política monlevadense, porque antes de ser político, tinha amor e dedicação a esta terra, e continua prestando seus serviços através de clubes de serviço. Por que estou escrevendo tudo isto? Porque no dia 2l próximo, dia de Tiradentes, Pirraça estará completando 80 anos. Haverá alguma homenagem? Não sei. Se for política, saibam que ele sempre detestou bajulação e jamais adotou o cabresto como guia. Pelo que o conheço, sabem onde ele gostaria de receber homenagem? Na casa ou no sítio dele, porque a sua simplicidade extravasa. Que o seu nome também não desapareça e os que não vivenciaram o prefeito Antônio Gonçalves saibam que ele sempre foi assim.E ser prefeito em Monlevade naquela época era difícil, porque a condição principal era ser honesto.

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