Li e reli Os Dois Manés do meu amigo
Tó Vilela. Puxa vida! Pelo que entendi, empatamos. É uma
convocação à cidadania. É justamente isto que venho tentando dizer neste blog.
Precisamos ser nós mesmos e deixar de sermos conduzidos. Precisamos pensar no
coletivo da comunidade e pararmos de buscar benefício próprio. É justamente
isto que venho tentando dizer.Bate de cheio com o prefácio do suplemento,
quando diz:” ...Mané não se trata de nome ou apelido de apenas uma pessoa, mas
de todos os que se encontram envolvidos numa organização, que terá sua
trajetória política, sociocultural e histórica determinada pela debilidade e
pela falta de expectativas e
perspectivas nada promissoras
caso suas vontades
e atitudes sejam
desconectadas e menores “.Mais à
frente o prefácio diz: “Mané é aquele
que acredita que
se dá bem
em tudo, com e
contra todos, quando,
na verdade, arruína seu
próprio destino e
o dos outros”.É por
isto que eu sempre
digo que essa política
de grupo é
maléfica ao município,
porque ela gira
em torno de uma, duas
ou três lideranças que
formam o chamado
curral eleitoral. E nós, os Manés
eleitores, que ouvimos mas
não escutamos, os
transformamos em ídolos.
E só passaremos a
escutar quando adquirirmos
a nossa condição de
cidadãos.Se procuramos hoje
pelos nossos cidadãos, vamos encontrá-los nos lixões, à
procura de algo para
vender, roupa para vestir e,
muitas vezes, até algo para comer . Vamos encontrá-los na marginalidade,
a grande
maioria por falta de oportunidade
de uma vida digna
e/ou amparo social. Vamos encontrá-los no
samba do Chico Buarque: “ Me trouxe uma
bolsa já com tudo
dentro/ Chave e caderneta, terço e
patuá” mostrando uma
deliquência vítima do
social e a
descrença do povo nas
autoridades constituídas, de maneiras
legais e ilegais, acreditando muito
mais em objetos
místicos das religiões. Vamos encontrá-los nos corredores
dos hospitais à espera
da morte, nas filas
do INSS, dos
bancos e aeroportos. Nossos cidadãos, para
fugirem da fome,
trocam a dignidade
por uma cesta
básica.Tudo patrocinado pelos
poderosos políticos que
assim querem para que
eles tenham uma cidadania forjada
na corrupção, protegidos
que são por
uma democracia frágil e
um capitalismo cruel. E,
muitas vezes, a
sociedade finge que
nada vê. É isto aí, Tó
Vilela! Todos podem não
escutar o grito, mas os poucos que escutarem poderão mudar
o norte da
nossa cidade e do
nosso país.
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