sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Muita gente falando em aumento de "salário" dos vereadores, mas ocorre que vereador não tem salário. Ele tem subsídio.Na reunião, muitos vereadores falavam em "recomposição salarial", cometendo dois erros: a troca de subsídio por salário e, ao mesmo tempo, "recomposição". Eles estão há nove meses no mandato e receberam o primeiro subsídio há oito meses. Portanto, não há o que recompor. Nesta altura do campeonato, a prefeitura tem o dinheiro, ao contrário dos servidores, quando não tinha. Ao mesmo tempo, a prefeitura anuncia o cancelamento do edital da concorrência para a coleta de lixo. Filme antigo que me faz lembrar outro fato semelhante no início da década passada, semelhante até mesmo no motivo da licitação. E o secretário de Serviços Urbanos, Sinval Jacinto, preocupado com os ambulantes que tomam conta da avenida Getúlio Vargas ao entardecer. Pensa numa providência. Não sei se o caso seria a prioridade diante de tantos desafios que aquela secretaria enfrenta. Aliás, desafios são o que não faltam em nossa cidade. O marasmo tomou conta há tanto tempo que os problemas acumularam. O pior que ninguém vê o prefeito nas ruas buscando soluções ou, pelo menos, tentando estudar para resolver ou tentar. Se ele não sabe, a rua o ensinaria. Se sabe, está omisso e não cumprindo o seu dever. O certo é que nós, povo, estamos naquela encruzilhada do "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come". E a situação está ficando tão caótica que, nesta semana, mudaram a letra de uma antiga marchinha de carnaval que fazia alusão ao Rio de Janeiro: "João Monlevade / Cidade que nos seduz / Na quinta falta água / Domingo falta luz." Em meio a tudo, o desânimo toma conta de vez quando vemos que não temos um projeto futurista. A cidade vem sendo administrada através dos remendos. Um buraco ali, vai e tampa. Um deslizamento acolá, vai e resolve. Faltou água, vai um caminhão pipa e abastece. Não se planeja nada em termos de desenvolvimento. Vivemos numa cidade sem futuro. Nossos administradores agem como camelôs paraguaios, que buscam mercadorias à medida que as vendas solicitam. E daqui a trinta ou quarenta anos? O que será? E se a Arcelor fechar, com que dinheiro a prefeitura irá trabalhar? A situação é séria e precisa ser pensada. Aliás, João Monlevade precisa ser pensada e repensada. Administrativa e politicamente.
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2 comentários:
Passei pra dar um alo e parabeniza-lo pelo texto, maravilhoso e 'franco' como sua pessoa.
Pasei pra dar um alo e parabeniza-lo pelo maravilhoso texto, 'franco' como sua pessoa
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