quarta-feira, 19 de março de 2014
As constantes devoluções de verbas adquiridas do governo federal pela prefeitura de João Monlevade, a última R$1.400 milhão, caracterizam várias coisas. Primeira, o desamor com que vem sendo administrada a nossa cidade. Desamor que ultrapassa o limite da crueldade. Segunda, a irresponsabilidade administrativa de quem não deveria ter-se atrevido a tanto, pois nunca fez nada na vida para se candidatar a gestor de uma cidade de meio século, cheia de problemas, simplesmente empuleirado nas costas do pai que se transformou no "coronel" político da região, muito mais pela sagacidade do que por mérito, porque este desaparece com outros tipos de astúcias. Terceiro, a falta de habilidade e inteligência até para desculpar-se dos erros, alegando que devolveu esta última verba, destinada a construir uma unidade de Pronto Atendimento no bairro Cruzeiro Celeste, porque o de lá, "concorreria" com o Pronto Atendimento do centro da cidade. Concorreria em quê? Acaso algum deles tem receita de consultas e atendimentos? Vende medicamentos? Ou multiplicidade de locais para atendimento significa "concorrência"? Ainda disseram que construir é fácil, o difícil é a manutenção. É? Mas manter mais duzentos cargos comissionados de afilhados políticos, um monte de "assessor especial" cada um ganhando R$3.900 mensais é fácil? Manter uma secretaria de afilhados como a de esportes, que não tem o que fazer porque João Monlevade não tem esportes, também é fácil, não é? É muita falta de seriedade, de respeito com a população e muito desamor com uma cidade. A bolha não tarda a estourar. A esposa do vice prefeito já está gritando. Cabos eleitorais que foram ativos na campanha estão também criticando. Nas ruas, os comentários desairosos são constantes. Os puxa-sacos desapareceram. Nada falam.E não pensem que tapar buracos reflete positivamente, porque essa é uma operação de manutenção. Não adianta o secretário de Serviços Urbanos ficar no local fotografando para fazer mídia porque fica é feio um secretário ganhar mais de R$6 mil por mês para tal tipo de trabalho. Um outro fato que vou comentar é uma denúncia feita ontem no Face pelo grupo Transparência Monlevade. É uma verba destinada à APAE, no valor de R$1 milhão, mas na realidade serviu para pagar um jornal que circula aqui de vez em quando e que, logo no princípio de seu aparecimento, eu falei aqui no Blog, que em seu expediente constava as prefeituras de Belo Horizonte, João Monlevade e uma outra que não me lembro, como patrocinadoras, mas nada havia que motivasse patrocínio por nenhuma delas. É preciso que o fato seja apurado porque, é duro dizer, mas, pelo menos eu, não acredito na honestidade dos que comandam o município, pois têm arestas sérias. Fica também mostrado que o grupo Transparência Monlevade está comprometido seriamente com a cidade e cumprindo o que deveria ser de competência da Câmara Municipal, que jamais fiscalizará com seriedade o prefeito, o que é uma vergonha e uma lástima. É bom que se averigue, que se encaminhe o resultado para o Ministério Público e ou para a Polícia Federal, pois assim daremos um basta a esse carrilhão de irregularidades que presenciamos nos últimos tempos.
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