sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Os filmes históricos me fascinam. Os que eu não vejo mais são os exibidos em ocasiões como o Natal e sexta- feira da paixão, que tratam da história de Jesus. Não suporto as modificações impostas por produtores e diretores dos filmes. Começa pela imagem pessoal de Jesus, que nunca foi loiro, por ser de uma região tórrida, muito menos de olhos azuis e cabelos compridos, esse último fato fora do hábito de toda região, principalmente pelos judeus por questões religiosas, com um único precedente na história ligado à Sansão, cabeludo por instrução divina. E são várias as modificações considerando-se os textos bíblicos. A Santa Ceia, mostrada nos filmes com o modelo adotado pela igreja católica com aquele quadro pintado por Leonardo DaVinci, nunca foi na realidade daquela forma. A páscoa, na hora da ceia, era numa sala grande, com bancos encostados às paredes e uma mesa ao centro onde havia pães ázimos, carnes e vinhos, e não suco de uva como querem alguns evangélicos. A bodas de Canaã foi celebrada com vinho mesmo. Era costume dos judeus o uso de vinho, desde a época de Jacó. A mitologia grega mostra Hércules embriagando o monstro com vinho, conto escrito bem antes de Cristo. Paulo adverte Felipe pelo uso excessivo do vinho. Vemos que a bebida era comum entre os antigos. Afora os fatos distorcidos dos filmes, vê-se um Jesus angelical, quando os evangelhos mostram que Ele era severo na forma de falar, xingando os judeus de mentirosos e filhos do diabo. Se severo não fosse, dado à dureza de coração daquele povo, ele não cumpriria seus três anos de missão. Comparados à Bíblia, até hoje não se fez um filme sobre Jesus que cumprisse a realidade.

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