Chico Franco

Há poucos dias eu escrevi que nada é pior para um município do que a criação de grupos. Citei Barbacena como exemplo. Lá, os Bias Fortes e os Andradas guerrearam a vida inteira. Barbacena era uma das principais cidades do interior de Minas. Eles chegaram ao governo de Minas, ao Legislativo mineiro e até ao Congresso Nacional. Mas, Barbacena, não saiu do lugar. Cidades próximas como Ubá e, principalmente, Juiz de Fora, dispararam no progresso. João Monlevade está se caracterizando com o mesmo tipo. Grupos políticos e agora questões religiosas. A imprensa, que deveria ter papel importante num momento desse, se divide, com uma parte fazendo o jogo do vale quanto paga, se paga fala bem, se não paga fala mal, e uma outra parte um tanto indiferente, com um dos principais órgãos se dedicando mais a uma questão que interessa somente a ele do que à comunidade. Enquanto isto, a oposição ao governo torce para que a coisa se complique cada vez mais e a situação não consegue conectar os passos em sua marcha. A cidade está cada vez mais descuidada, projetos para ela não existem, uma receita de R$ 150 milhões passa a não ter qualquer significado diante da má gestão e, em breve, estaremos para São Gonçalo assim como Barbacena está para Juíz de fora. Que esteja eu enganado na minha profecia!