A Câmara Municipal de João Monlevade está em sua décima primeira edição no quase meio século de existência do município.Se rebuscarmos a história, não encontraremos nenhum feito de expressão a não ser a Lei Orgânica Municipal, obrigatória, o que tira o mérito. No mais, aprovação e raríssimas desaprovações de projetos e anteprojetos, uma camarilha de requerimentos sem qualquer mérito, e uma enxurrada de Moção de Aplauso e Honra ao Mérito, expediente politiqueiro com a finalidade de conquistar voto do homenageado e ou da entidade contemplados.
Na minha postagem anterior, falei do referendo popular. Disse que dificilmente seria aprovado, a não ser que o plenário da Câmara mostrasse a sua força. Não pretendi ser pessimista e muito menos tirar a esperança daquele grupo abnegado comandado pelo Luiz Cláudio. Mas não sou paciente o bastante para aguentar calado e vou rasgar o verbo, como se diz comumente. Neste exato momento a Câmara está reunida. Nem sei o que está se passando lá. O referendo não alcançará o seu objetivo. A Constituição Federal prevê o referendo. Ocorre que ele carece de regulamentação, que deve ser feita pelo município E, em João Monlevade, a lei do referendo nunca foi regulamentada. Durante quarenta e oito anos nossos edis se contentaram com os "nobre colega", tapinhas nas costas, oba, oba e dá cá o meu. Nem o título de cidadão honorário, que não merece letra maiúscula, foi regulamentado até hoje. E para quem não sabe, o Valdemar Costa Neto, do PL, acusado de ter recebido R$l0 milhões do mensalão, e ultimamente também envolvido nas falcatruas do DNIT, é cidadão honorário de João Monlevade, para vergonha e desonra nossa. Lamentavelmente a gente tem que escrever tudo isto sobre uma terra que sempre estimamos e que não queríamos que assim fosse. Meu caro Luiz Cláudio, sei que sua luta foi árdua e meritória. Precisamos sempre de gente como você e de todos aqueles que participaram do referendo. Continuem. A batalha de agora foi a primeira, mas só será vitoriosa se o plenário da Câmara virar a mesa, o que eu não acredito. O Palácio dos Faraós custará o valor aproximado da folha de pagamento do l3º salário do funcionalismo municipal. Aliviava bem. Vamos confiar em De4us e esperar que as coisas melhorem. A eleição está chegando.
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