Nos últimos dois anos do atual mandato, as críticas a atuação dos vereadores foram veementes e unânimes, data vênia, o responsável por este blog. Pois bem. Aproximamo-nos de um novo pleito. As opções são muitas. Depois que o leite for derramado, não adianta chorar. É importante lembrar que as críticas feitas não foram injustas. O prefeito alugou imóvel de parentes, a preço que ninguém sabe, e nenhum vereador falou nada. Empregou parentes na prefeitura, mesmo existindo lei específica votada pela Câmara que proíbe, e ninguém falou nada. Transformaram em lei autorização para que a prefeitura pegasse dinheiro emprestado no DAE. Permitiram que o DAE pagasse asfaltamento de rua, o que é irregular, a não ser reparos em casos de serviços executados pelo próprio DAE. Não dá para enumerar os erros durante os quase quatro anos. Mas é importante dizer que a Câmara, na atual legislatura, bateu recordes de homenagens através de diploma de Honra ao Mérito, Moção de Aplauso, e, para não fugir à regra geral de outras legislaturas, distribuiu título de cidadania honorária até para quem nunca deu esmola. Tudo como forma de fazer politicagem e fingir que estavam trabalhando.
O certo é que o momento é oportuno para uma reflexão dos eleitores. Tanto no voto para vereador como para prefeito. Principalmente prefeito. É preciso, acima de tudo, analisar o compromisso que o candidato tem com o município, sua honestidade, seu passado como político e como cidadão, e verificar no seu programa de governo se ele está propondo governar mesmo ou criando fantasias para se eleger. A situação atual é muito delicada. A prefeitura está endividada. Não há forma de o atual prefeito zerar a sua contabilidade. Prometer mundos e fundos no momento é, além de temerário, um discurso suspeito. Ninguém faz milagre numa administração pública. Todos os planos, inclusive de governo, precisam ser traçados com aquilo que está à vista. O que passar disso,é demagógico. Cabe ao eleitor dizer se gosta é de político ou de João Monlevade. E dizer nas urnas.
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