segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Vejo nos jornais os noticiários sobre as comemorações dos dez anos da extensão da UFOP em João Monlevade. Vem-me à memória alguns fatos ocorridos antes da instalação. Vivíamos o período eleitoral do ano 2.000. Concorriam Laércio José Ribeiro pela reeleição e Carlos Ezequiel Moreira.O primeiro pelo PT e o segundo pelo PTB. Pesquisas apontavam empate. Era preciso algo que mexesse com a opinião pública para que desempatasse. Veio a ideia da UFOP. O homem chave seria o representante do PTB no governo Lula, o ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia. Pois bem. Ele providenciou junto ao ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, recebeu a promessa dele, comunicou com o então deputado estadual Mauri Torres, com o candidato Carlos Moreira, marcou audiência deles com o ministro da Educação, foram e tiraram fotografia no gabinete de Paulo Renato. Ás vésperas do lançamento do livrinho sobre o plano de governo, em comício realizado em frente ao Zamburguer próximo à Praça do Lindinho, houve o lançamento da notícia. Impacto geral. Tão forte que os adversários tentaram impedir de todo jeito. Pois bem. Carlos Moreira ganhou com 1.627 votos de frente. Quase dois anos após, no Social Clube, em festa de pompa, Walfrido dos Mares Guia dava a aula inaugural. As comemorações dos dez anos do evento que sacudiu Monlevade economicamente, porque o comércio imobiliário disparou, não se vê uma loja para alugar ou vender em nossa principal avenida comercial, a avenida Getúlio Vargas, restaurantes vivem cheios, mas, o pior de tudo, é que ninguém, ninguém mesmo, se lembrou do Walfrido nas comemorações.Ele não foi convidado para nada, como também nunca foi lembrado pelos nossos ilustres vereadores para que recebesse o título de Cidadão Honorário ou, pelo menos, uma medalhinha de Honra ao Mérito. Eles preferem continuar tendo o Waldemar Costa Neto, aquele corrupto julgado e condenado pelo Supremo no caso do mensalão, como Cidadão Honorário de João Monlevade. A mim só resta dizer à classe política e ao povo desta cidade que, quando a ingratidão reina, impera o asco.
Um outro fato que quero salientar: o julgamento do ex-policial Bola, por outro crime que não é o sumiço de Elisa Samúdio, foi adiado porque o advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães encaminhou petição alegando não poder comparecer ao júri em Contagem, porque estaria em audiência no Estado de Mato Grosso. Na mesma petição, o advogado comunicou que foram revogadas as procurações de todos os demais advogados do réu, à exceção dele. A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues desconsiderou a petição, determinou que os autos fossem remetidos à Defensoria Pública para patrocínio da defesa do réu, multou o advogado em R$l8.660,00. Alegou conhecimento de ação de inconstitucionalidade tramitando no Supremo a fim de anular o artigo que trata de multas, mas afirmou que "o povo brasileiro está cansado não só dos mensaleiros e da corrupção, mas também do trabalho espúrio de alguns advogados que se travestem da couraça da má-fé processual para atravancar os trabalhos da Justiça". Boa, juíza!
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