terça-feira, 11 de junho de 2013
,MONLEVADE, ARCELORMITTAL E NÓS
Cantiga é um estilo musical que não existe. Toda música que cai no gosto do público é chamada de cantiga. Exemplo: "Como pode o peixe vivo viver fora da água fria"... O exemplo é só para referendar o que vou escrever. Vi a criação do jornal A Notícia, ali na Rua Hamaceck quase esquina com Brasilia. Foi quando eu fui trabalhar na Pefeitura. Mas, sempre acompanhei de perto a trajetória do jornal, onde fui trabalhar em l989 e honrado com a editoria do mesmo durante quase quatro anos.Mas, tornou-se cantiga ensaiada pelo seu diretor e orquestrada por todos que por lá passaram, inclusive eu, "que as autoridades monlevadenses, inclusive governantes, precisavam criar um projeto de desenvolvimento para o muncípio, livrando-o da eterna dependência da Usina". Foi exatamente aí que criou-se na Acimon, a ADEMON- Agência de Desenvolvimento de João Monlevade, numa parceria Acimon/Belgo/Prefeitura, inclusive instalando-se a Incubadora de Empresas. Mais de vinte anos se passaram e o gerente da Ademon não criou qualquer projeto viável e capaz de desenvolver nem a própria Agência que, salvo engano, já acabou. Hoje, lendo o jornal A Notícia, leio "Há quase duas décadas João Monlevade carece de lideranças políticas comprometidas com ações ligadas ao desenvolvimento econômico e social do muncípio..." A cantiga novamente fazendo coro contra o marasmo desenvolvimentista em que nos encontramos e a falta de perpectiva, não só para o futuro, mas para o amanhã mesmo. Especular política patrão/empregado nesta hora em que a empresa muda a sua direção nos investimentos prometidos é uma queda de braço infrutífera, pois será como chamar a empresa para o ringue. E queiramos ou não, a robustez dela é muito maior. Qualquer enfrentamento é pernicioso para o município. A hora é de reflexão e diálogo. O próprio jornal mostra cinco opções. E a quarta delas seria a mais conveniente. Manter o índice de emprego seria uma conquista. As mazelas sociais e danos ambientais serviriam de esteios para outros acordos que trariam benefícios coletivos. Sou contra o grito. Este só tem muita força nas questões públicas, porque o envolvimento é outro. Quando se trata de capital x trabalho a coisa muda porque o dinheiro tem dono. Entra aquele ditado de que cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal. Idéias socialistas nestas horas não prevalecem, porque vivemos um regime capitalista. E neste jamais o grito prevaleceu.É preciso que as autoridades mnicipais, principalmente lideranças políticas, se é que as tem, se unam e busquem formas de "não esperar para ver como fica", como citou o jornal A notícia, porque de tanto esperar, nossa economia continua dependendo exlusivamente da Usina, seja ela pertencente ao Joaquim ou ao Manoel. No mais, concordo com os posicionamentos do jornal, cuja matéria achei inteiramente jornalística e, por sinal, muito bem feita. A Arcelor é do Mittal e ele a defende. A cidade é nossa, A defendemos? Ou simplesmente polemizamos?
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