sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Estamos praticamente no final do ano. Inesquecível, não pelo que houve de bom, mas de ruim. A população paga um alto tributo por deixar-se levar por lideranças populistas e comprometidas muito mais com a ambição do poder do que com a nossa cidade. Votamos mal e aí está o preço. Mas o prefeito falou muito de dificuldades financeiras neste ano. Atribuiu ao prefeito anterior o bônus de sua inércia. Discordo totalmente. Antônio Gonçalves e Germin Loureiro encontraram situação muito pior. Mas muito mesmo. Encontraram dívida no valor de trinta milhões de cruzeiros quando a receita da prefeitura girava em torno de quatro a seis milhões. Foram prefeitos numa época em que a cidade carecia de quase tudo. A dívida encontrada pelo atual prefeito era da ordem de R$6 milhões para uma receita de R$174 milhões. Ocorre que seu desempenho poderia ser bom desde que jogasse para fora do seu balde político o ranso das questões partidárias, porque encontrou muita verba carimbada e deixou que boa parte dela já fosse devolvida ao governo federal. O certo é que o ano se fecha e nada foi feito em termos administrativos, mesmo estando a prefeitura com os cofres cheios, cerca de R%$20 milhões advindo da receita, é bom que diga para que os puxa-sacos não digam que é verba carimbada. E a grande dívida existente é do prefeito atual com a população. Um ano de dívida. Ficamos convivendo e vivendo numa cidade suja, esburacada, cheia de andarilhos, com um trânsito insuportável, uma saúde doentia, uma educação capenga onde a rede física precisou e precisa de urgentes reparos, professores desmotivados diante da indiferença do chefe do Executivo em dar-lhes melhor condições de trabalho e salários mais dignos, em suma, um governo tão desatento que até hoje ainda se pergunta quando será a posse. Tenham a certeza que eu previ tudo isso. Quando houve a barganha de dar uma secretaria para um vereador para que se abrisse vaga para um suplente, pensei comigo: não é um governo sério. Quando se nomeia para um cargo que exige vasto conhecimento político alguém que nada entende do ramo, pensei novamente: a vaca foi para o brejo. Aí a gente junta os pedaços que vão caindo durante o trajeto e conclui que estamos diante de um amadorismo total e que o preço que todos pagam pela temeridade de votos distribuídos a quem jamais administrou alguma coisa, por mínima que fosse, é caríssimo e irrecuperável. Enquanto isto, a grande maioria da Câmara Municipal se junta ao secretariado do prefeito, formando o maior staf de assessores que um Executivo monlevadense já teve em toda história do município.
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