quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Vejo num jornal que circulou hoje, 30/10, notícia sobre a suspensão da licitação para a limpeza urbana, determinada pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais. Fato que me chamou a atenção foram os motivos alegados, dentre eles indícios de superfaturamento. A análise do edital revela que o município teria prejuizo de R$903,795,40. Praticamente um milhão de reais. O edital também restringia a participação de várias empresas. Se o prefeito Teófilo Torres já foi surpreendido por um problema em Nova Serrana, julgado ou não em todo o seu percurso é inegável a imoralidade do fato, principalmente pelas condições do cargo ocupado pelo pai dele, claudicou novamente diante do agora exposto, porque, quer queira ou não, funcionários responsáveis pela elaboração de um edital são menos conhecedores das leis, no caso a 8.666, que até eu que não sou advogado sei, do que ele, que é advogado e contratado pela prefeitura de Nova Serrana sem licitação por NOTÓRIO SABER JURÍDICO. Assusta-nos um outro fato: o de que, logo abaixo da matéria alusiva à suspensão do edital, o secretário de Serviços Urbanos, que é o mais interessado no assunto, afirmar que " Isso não me preocupa em momento algum. Quem está tentando impugnar tem um pensamento, mas, a prefeitura está agindo com total transparência. É direito deles questionar, o papel da oposição é criticar e a intenção do governo é a melhor possível". Ora, a intenção moral de um governo tem que estar muito mais acima do que a realização de obras. E a questão saiu do âmbito da realização governamental para a questão moral. O grupo que fez a denúncia é o mesmo que atingiu também ao ex prefeito Gustavo Prandini na denúcia da Prandinet. É o mesmo que se voltou contra o anexo da Câmara Municipal, quando o presidente da Câmara era do partido do ex prefeito Gustavo Prandini. Vê-se claramente que o grupo Transparência Monlevade não está preocupado com partido político, mas com a moralidade pública, o que por uma questão de ética e honradez, deveria preocupar principalmente aqueles que servem diratamente a quem está no governo e, mais do que tudo, ao próprio governo. Nossa cidade não pode ver amarrações de rabos uns dos outros para que seja formado e perpetuado um só grupo mandante, porque nós, que aqui vivemos e criamos nossos filhos, não queremos que ela se transforme numa Barbacena, aquela lá da zona da mata, que foi uma das principais cidades de Minas Gerais e que hoje está fadada a uma rotina de subúrbio, justamente por se tornar vítima das aves de rapina.

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