sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Jesus teve fome e se dirigiu a uma árvore para colher um fruto. Era uma figueira. A árvore tinha folhas, mas não tinha frutos. E Ele sentenciou: “Ninguém jamais comerá um fruto dessa árvore”. O evangelista diz que a árvore secou depois. O fato nos reporta a João Batista no rio Jordão: “O machado foi posto ao tronco. Toda árvore que não der bom fruto, será cortada e lançada ao fogo”. Aquela figueira não dava nem bom e nem mau fruto. Não dava nenhum. E aí vamos ao livro de Apocalipse ler: “Não foste quente e nem frio. Foste morno e por isto te vomitarei”. É a omissão. Pior dos erros. Mas, examinando outro texto, vemos Jesus dizendo que “o filho deixa a casa, enquanto o servo permanece nela”. Servo vem de servir. E quem realmente serve passa a ter comunhão com o seu amo. Ele passa a entender tanto o seu amo que não serão preciso ordens. Automaticamente ele cumpre o seu dever. Aquela figueira não serviu à Jesus. E por ter sido morna, foi vomitada. E seca, só servira ao fogo, nada mais. E se aproxima o Natal. Mais uma comemoração da data do nascimento do grande Rei. E vem a pergunta: que tipo de árvore somos nós? Conscientemente diremos que é boa? Será? Quando nos aprontamos todos, roupas bonitas, calçados bonitos, tudo moderno, para irmos à igreja, e lá recebemos o sacerdote que chega de carro novo, engravatado, compondo com os demais fiéis aquele cenário de elegância, qual espelho de desfiles de moda, estamos sendo cristãos? Sem toda a elegância, iríamos? Lá na periferia há famílias sem um pão, sem roupa, precisando de remédio . E o que disse o grande Rei ? “As raposas têm o seu covil, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. Ou o nosso Natal será regado a churrasco, cerveja, festa total diante as calamidades do mundo? Lembram-se do que ele disse? “ Ai de vós escribas e fariseus hipócritas, que dizimais o endo, o cominho e a hortelã, mas omitis os preceitos mais importantes da Lei, que são a justiça e a misericórdia”. Sabiam que só há misericórdia onde há amor? E que amor e justiça só se fartam com justiça e amor porque só eles servem de ceia? Alguém dirá: o dinheiro é meu e faço dele o que quiser. Tudo bem. Mas Ezequiel em seu livro, capítulo l8 versículo 4, tem a resposta que o Senhor lhe dá: “Todas as almas são minhas. Tanto a alma do filho quanto a alma do pai. A alma que pecar, essa morrerá”. Sua alma é tanto d’Ele quanto o seu dinheiro é seu. Cada um faz do que é seu o que bem quiser. Feliz Natal a todos.

Um comentário:

Breno Eustáquio disse...

Excelente. Melhor que uma homilia! Abraços!

Breno Eustáquio.