sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Não sou pastor, não sou padre, mas fiz um curso bíblico com um rabino cristão há cerca de uns 40 anos. Deixo claro que ele, durante o curso,jamais falou de qualquer nomenclatura religiosa ou fez menção do judaísmo como o caminho certo. O curso foi unicamente da Bíblia como história religiosa. É bom que todos saibam que tanto o hebraico como o aramaico eram idiomas pobres, seus textos não tinham ponto e nem vírgula e eram escritos da direita para esquerda. Um outro fato é que uma palavra significa uma frase, em alguns casos, como, por exemplo, ebenezer, que significa "até aqui o Senhor tem me ajudado", ou maranata, mais conhecida por ter um segmento cristão, que significa "Ora vem, Senhor Jesus". As traduções, às vezes, são feitas à revelia dos tradutores, que as fazem de acordo com o contexto bíblico ou com a ocasião que se oferece, mas há o fato de o ponto e das vírgulas que,colocados fora do lugar, podem mudar o sentido. Em razão dessas questões e de outras, a Bíblia apresenta cerca de mais de duzentos erros. MAS EM NENHUM CASO MUDA O CARÁTER DELA. São erros que podem ser tratados como "comuns" ou "circunstanciais". Exemplo de um erro comum e que está no versículo bíblico mais conhecido, Salmo 23, versículo 1: O Senhor é meu pastor e NADA me faltará. É o que todos leem e ouvem.Mas o correto é: O Senhor é meu pastor e NÃO me faltará. É o Senhor que não me falta. É Ele que não pode me faltar. Exemplo de erro circunstancial. O ladrão da cruz pede a Jesus que não se esqueça dele quando Ele entrar em Seu reino. A tradução bíblica diz que Jesus respondeu: Em verdade vos digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso. Não é o correto. No afã de dar ênfase à resposta, os tradutores deram essa tradução. Mas o correto é: Em verdade te digo hoje: estarás comigo no paraíso. Lógico que Jesus jamais daria a resposta convencional que é a primeira citada aqui. Ele não foi para o paraíso naquele dia. Só ressuscitou no terceiro dia e ainda permaneceu na terra por quarenta dias. Mas observem que nada muda na história. Assim são todos os outros erros e que falaremos em outras ocasiões. E não é este também o meu propósito até porque eu não sei hebraico e muito menos aramaico.Dos dois sei o que aprendi no curso. O que eu quero falar mesmo é de como o homem é atrevido. Os hebreus, povo que andava sob a orientação de Deus, se tornaram escravos do Egito. Foram quatrocentos anos de escravidão. Com todas as mostras que antes Deus lhes mostrara, se tornaram rebeldes.Boa parte assimilou as práticas pagãs daquele reino. Viram os corpos dos faraós serem embalsamadas sob o pretexto de que o espírito do embalsamado permaneceria por ali e protegeria o povo. Viram os encantamentos dos sábios e conselheiros dos Faraós.Viram as adorações de deuses como Iris e Osiris. Viram os cultos ao deus Ra, ou Sol, além de outras práticas pagãs. É bom lembrar que antes, ainda na época de Noé, Semíranes, casada com Ninrode, homem que se tornou poderoso, ao ficar viúva em razão do assassinato do marido, fundou uma religião para ela que tinha o Sol como deus. Ao ter um filho, Tamuz, consagrou-o deus, filho do Sol, e boa parte dos hebreus seguiu. Quando Moisés estava no monte, o povo fez um bezerro de ouro, por ordem de Arão, irmão de Moisés, e o adorava. Logo depois, Elias abria guerra contra o rei Acabe que mandara o povo adorar a Baal. Não muito depois, Saul procurava a pitonisa de Endor para consultá-la. O homem é atrevido, repito, e em quatrocentos anos aprendeu e colocou em prática coisas do paganismo.Imaginem um cativeiro de mil, duzentos e sessenta anos. E houve. Querem saber dele? Vou falar na minha próxima postagem, na sexta, 2 de janeiro.
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