Chico Franco

Primeiro vem a notícia de que o Hospital São José, de Nova Era, está em dificuldades e até sujeito a fechar, em razão de um compromisso no valor de R$500 mil. É muito duro saber de uma situação dessa por vários motivos. O primeiro, pelo tratamento dispensado pelos funcionários aos pacientes que lá recorrem. A gente fica imaginando um pessoal daquele desempregado. É duro. O segundo é pensar que um valor desse é furtado vergonhosamente a cada segundo por essa corja de políticos safados que mandam nesta pátria que diziam-me, quando estudante, que seria o orgulho dos brasileiros, quando está sendo a nossa desonra em razão de um grupo pequeno. E por último o fato de o Brasil se achar nessa podridão de investir lá fora e deixando os brasileiros morrendo nos corredores dos hospitais. Isso quando tem hospital. Mas, ao mesmo tempo que vem uma notícia dessa, vem outra compensadora. O ex-prefeito de São Gonçalo, Nozinho, que dirigiu aquele município por oito anos nadando em dinheiro, teve a sua última prestação de contas aprovada. Compensadora porque vem mostrar que ainda há político honesto. Não teve ele, Nozinho, um só processo durante o seu mandato de oito anos. E com um município rico nas mãos. Comenta-se que ele será candidato a deputado estadual. Se for, terá o meu voto. Deixar de votar nele seria uma incoerência de minha parte. Mas, em João Monlevade é que a coisa está séria. Vivemos um período de administrações completamente ociosas e, se abrirmos o leque, não vemos liderança para tirar o governo das mãos de quem manda. E manda mal, para desespero nosso. Se mandassem bem, bateríamos palmas. E o pior são as suspeitas. Eles têm o poder do voto, mas não têm o crédito probidade ou da austeridade. E é justamente isso que preocupa. Em 14 meses, a licitação para contratação de empresa responsável pela limpeza pública foi adiada três vezes. Até o Tribunal de Contas determinou cancelamento de uma delas por verificar irregularidades como superfaturamento. E nosso município, às vésperas de comemorar Bodas de Ouro, ainda nem sabe se estará limpo ou não, porque eventos não estão programados. É em razão de tudo isso que lamentamos. Grupo que comanda sabidamente envolvido com situações que não lhe dão crédito, o comandante geral, no caso o prefeito, sem crédito administrativo, cidade carente de limpeza, água, saúde e educação, enquanto nós, cidadãos, não vemos nem o prefeito nas ruas e nem projetos visando corrigir o que está errado. Mas tempo e sabedoria para fazer "joguinho político" como tirar vereador para secretário e o suplente assumir cadeira na Câmara,anulando adversários e promovendo os pares, isso tem. Inclusive dinheiro. Que Deus nos dê paciência para passar mais este ano vendo a luta do "papai" e do irmão para elegeram o outro deputado, poque ficará armado o circo. Será mais um Torres ganhando o dinheiro público, porque trabalhando, cansa muito.