sexta-feira, 23 de maio de 2014

Nasci e vivi pobre. Não mais terei mais do que sempre tive, pois já estou beirando os oitenta e, apesar de ainda trabalhar, sei que jamais o trabalho me fará rico. Aliás, a riqueza nunca me seduziu. Nunca almejei carro de luxo ou ostentação luxuosa. O feijão com arroz sempre me bastou. Oportunidades não me faltaram. Afinal, mais de quinze anos como assessor de prefeitos numa prefeitura rica como a de João Monlevade, elas sempre surgem. E sempre fui homem de confiança deles, prefeitos. Estou fazendo este introito para dizer realmente que sou e sempre fui a favor da honestidade principalmente no serviço público e, assim sendo, na política, que é o caminho para as questões públicas. Estamos a poucos meses de um pleito eleitoral em que vamos escolher deputados, senadores e governadores. De antemão aviso aos candidatos que tenham vida política com mazelas da desonestidade que não me procurem. Mesmo aquele que compra votos, porque sou contra inteiramente, como sou contra quem vende, porque é a abertura da porta de fomentação da corrupção e da desmoralização democrática. Sou contra quem faz joguetes políticos utilizando partidos e situações irrecomendáveis para firmar conchavos na calada da noite, na busca de vantagem eleitoreira para o seu candidato, o que sempre termina em prejuízo para os cidadãos e a cidade ou região. O exemplo claro está no fato ocorrido com Delci Couto na eleição passada, quando ele desistiu de ser candidato sob palavra de honra de quem a quebrou no mesmo dia, num conchavo imoral e desastroso. E o prejuízo hoje é visto por toda cidade. Sou contra grupos que querem fazer da política objeto de sustentação de poder, o que é o ápice da desonestidade desenfreada onde os pares também pegam a boquinha, porque eles é que sustentam o poder, que, ipso facto, se torna sujo. Não precisamos de exemplos porque o vivemos. Por fim, sou contra o voto dos puxa-sacos, porque a estes, há até uma marchinha de carnaval, bem antiga, que diz: "E lá vem o cordão dos puxa-sacos/ Dando vivas ao seu maioral". É realmente assim. O cara é um crápula dos maiores, mas, para os puxa-sacos, ele é o maioral. Não há mais como censurar políticos pelas desonestidades que praticam. O momento agora é de procurar saber a vida de cada candidato e tentar mostrar ao eleitor que ele é o grande responsável pelos ladrões que ocupam o poder, porque é ele, o eleitor, quem dá o poder a canalhas que nos comandam há longo tempo, acumulando fortunas e um sistema patriarcal até a terceira e quarta geração que já está enojando a todos. Votar é dever de todos. Saber escolher é obrigação. Votar simplesmente por votar ou por amizade, tira o direito de reclamar por falta de escolas, atendimento na saúde, transporte desorganizado e outras coisas. Fica dado o recado.

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