sábado, 10 de maio de 2014

O avanço tecnológico implantou o imediatismo na vida da humanidade. Não se espera mais nada, a não ser a gestação, assim mesmo com algumas exceções. E observem que as gerações, produtos das gestações, explodem na velocidade do tempo como nunca aconteceu. É só retornar no tempo e nossa memória verá esse fato. E a velocidade atinge a todos, adolescentes, adultos e idosos. A tecnologia, principalmente a eletrônica, que nos trouxe a internet, acabou com as distâncias e com as dificuldades na comunicação, pesquisas e até mesmo dos exercícios físicos, onde mãos e olhos resolvem qualquer problema. Às vezes, me surpreendo parado numa esquina de rua a observar a meninada saindo da escola. Aquele enxame de jovens quase que em correria. Gritaria é o que não falta. Ao virar para um outro lado, aquelas filas de carros ocupando as duas vias da avenida. Busco o passeio público e ele está congestionado de pessoas. E me pergunto: será que todos reparam essa explosão? Caminho até o meu destino com o cérebro a imaginar o futuro. Perguntas e perguntas sem qualquer resposta. O que será no amanhã? Ainda há tempo de recuperar o que se perdeu? Ou não se perdeu? Haveremos de avançar? Pra onde? Haveremos de resgatar? O quê? Perdemos valores ou os trocamos? Pode a tecnologia mudar os princípios morais ou o padrão de caráter? Já sabemos quem somos, de onde viemos e para onde vamos, ou deixamos de nos preocupar com isso? São indagações que se misturaram com todo esse imediatismo provocado pela velocidade da tecnologia e a nova corrida do ouro, desta feita o sucesso financeiro. É interessante observar que, ao mesmo tempo em que ocorre essa mistura, há também uma brusca separação que atinge exatamente a família. Distanciam-se pais e filhos e, mais ainda, os irmãos. E a pior delas, a do Criador. Estou certo de que cerca de trinta por cento dos homens de negócio de todo o planeta ficam, no mínimo, cinco dias sem se lembrarem de Deus. Talvez o susto maior que eu esteja passando por ele seja o fato de que nasci quando o meu país era ainda colonial. Mas sempre fui um homem sociável e atento às mudanças, de fácil adaptação. É que, agora, mais velho, estou pensando e observando mais. E sentindo que amanhã poderá ser tarde demais, caso alguma coisa não seja feita para que a tecnologia, que nos tem como agentes determinantes, não seja objeto de destruição de conceitos, princípios e padrões que sempre nortearam aqueles que buscam o bem da humanidade e lutaram pela construção de um mundo melhor onde haja paz e homens de boa vontade.

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