sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Chegamos na reta final das eleições. De agora em diante, todos atacam, todos se defendem e cada um querendo ter a boca maior do que o outro. Em meio a tudo, o interesse pelo poder é muito maior do que o de servir ao povo. Não sou muito de me envolver com a política estadual e federal. Gosto muito mais da municipal, porque o município é a célula de tudo. Nada se constrói de cima para baixo. No município é mais fácil aparar as arestas. Há mais transparência. É mais difícil ocultar o errado. A comunicação com a população é mais imediata e fácil. As lideranças municipais se tornam, não são fabricadas. As críticas, boas ou não, surtem mais efeito, porque o criticado está perto e fica sabendo. Enfim, a democracia é exercida como deve ser. Não temos eleições municipais neste ano, mas temos candidatos às assembleias legislativas e ao Congresso Nacional. Sistematicamente eu não voto em quem me fez ou faz favor. Meu voto é o emblema da minha cidadania e eu não o troco por nada. Voto é coisa séria e assim precisa ser tratada. Dos candidatos que eu escolhi para votar só conheço um. E vou nominá-lo porque é justamente o que eu conheço. Nozinho para deputado estadual. Homem simples, que esteve dirigindo o município de São Gonçalo do Rio Abaixo, distante 30 quilômetros de onde eu moro, município que nadou em dinheiro durante todo aquele período de oito anos, não fez orgia governamental, realizou muito, deixou o seu sucessor com as finanças em dia e, o mais importante, não se envolveu em um caso de corrupção.Voto na experiência, capacidade e honestidade comprovadas. Não posso, porque não os conheço, citar os outros candidatos. Sei que o deputado federal é homem íntegro, religioso, tem serviço prestado, mas não conheço a sua vida pessoal. Acredito que o momento requer muita atenção dos eleitores, principalmente quem mora na cidade que eu moro. É preciso acabar com o voto da bajulação, o voto dado sem qualquer explicação, sem um motivo maior, ou o voto da gratidão.Quando se vota, se vota para todos. O desempenho do votado tem que ser em benefício de todos. Voto em benefício de meia dúzia é voto de curral, voto de grupo, voto de quem olha para o próprio umbigo e se esquece que há milhares de pessoas em situação pior do que a dele. É fácil definir esse tipo de voto. Observem os que votam assim. Geralmente compõem um grupo de pessoas financeiramente tranquilas e de lideranças abastadas, o que significa que o eleitor que se deixa levar por esse tipo de cabo eleitoral e de político, acaba por ser prejudicado. Lembro-me muito bem quando um eleitor pobre, muito conhecido na cidade, na eleição municipal passada, se aproximou de mim fazendo referência ao que hoje é prefeito,e usou o seguinte chavão: o homem certo no lugar certo.Olhei para ele com o olhar de zombaria,e perguntei: diz um troço dele aí. Hoje,esse moço passa por mim e finge que não me vê. É preciso cuidado. Pensem na cidade, no seu povo, sua gente, principalmente nos necessitados. Não existe conserto de voto. Voto dado, voto acabado.Para o bem ou para o mal. E temos usado esse direito e dever de cidadania muito mais errado do que acertado. A hora é de acertar.

Um comentário:

Unknown disse...

Boa noite meu amigo.