sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Eu tenho que explicar a alguns amigos as razões pelas quais eu não voto em Aécio Neves. Uns dizem que eu sou politizado e não entendem a minha posição. Como eu prezo alguns deles, vão as minhas explicações. A Cemig hoje pertence 33% ao grupo Andrade Gutierrez. A venda desse percentual foi autorizada pela Assembléia Legislativa, com o protesto das bancadas de oposição ao governo Aécio. Os mineiros pagam hoje a conta de energia mais cara do Brasil, incluindo um ICMS de 30% para os domicílios. Já seria o bastante. Mas, vale lembrar que foi anunciada a construção de um hospital em João Monlevade, cujo nome seria Santa Madalena, e que não saiu do projeto. Ocorre que, segundo o anunciado, dito e propalado inclusive pela imprensa local, R$22 milhões foram gastos no empreendimento e ninguém viu o hospital. Quem liberou o dinheiro? Quem assinava pelo Estado? Posso eu, de sã consciência, votar nele? Justamente eu que condenei e condeno o mensalão, o escândalo da Petrobrás e outras coisas mais? Ou a moralidade tem duas faces? Não voto em Aécio, que ainda tem contra ele um balanço do Estado em que é apontado um gasto de R$5 milhões na reforma do aeroporto de Itabira, quando aquela cidade nunca teve aeroporto. Para os que não sabem, a Andrade Gutierrez é hoje, também, dona da empresa telefônica Oi. A luta que travamos hoje no Brasil deixou de ser ideológica para ser moral. Estamos vivendo um clima de desonestidade governamental patente. E não é questão de direita e esquerda. É questão moral mesmo. Todos os lados estão podres. Salvam-se alguns políticos que podem até ser enumerados, como Cristóvão Buarque, Pedro Simon e mais uma meia dúzia, no máximo. Não podemos deixar para os nossos filhos a podridão que estamos vivendo. Por esta razão, meus amigos, eu não voto em Aécio Neves. E justamente tendo como alvo a honestidade, aponto para Nozinho (12000) para Deputado Estadual, Eros Biondini e Mario Heringer, qualquer dos dois, para Deputado Federal, lembrando que eu não preciso de absolutamente nada de quem for eleito, mas, meus filhos e netos certamente precisarão, e muito.

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