terça-feira, 7 de outubro de 2014

A eleição que ora ocorreu deixou o registro de fatos marcantes na história política da região. Em deles foi a vitória da simplicidade de um homem que, a exemplo do artista, ia onde o povo estava, de forma humilde, sem vocabulário pesado, sempre esboçando um sorriso, e tal como é, com indumentária mais simples que ele. Muito longe estava o detestado populismo, mas era o retrato de um caráter probo que veio mostrar ainda que ninguém se perpetua com uma liderança enclausurada num palácio feudal, longe dos verdadeiros agentes políticos, que são os eleitores. O exemplo de Nozinho veio me trazer saudade do grande amigo Germin Loureiro, o Bio, exemplo de honradez e humildade para o povo e para os políticos que aqui tramitam. Ao lado dele estava um comitê armado na avenida Wilson Alvarenga, comandado sabiamente pelo experiente Paulo Roberto Reis, que tinha sob o seu comando uma equipe alegre e determinada. Quem frequentava aquele local, como eu, percebia o clima da vitória. Mas de forma obscura, longe dos holofotes do espetáculo político, uma cabeça pensava. E criava. E a tudo conduzia de forma adequada à personalidade do candidato. Nada suntuoso. Nada de alarido. Feijão com arroz. Ao sair a pesquisa, quinze dias antes das eleições, e que apontava um resultado positivo para o candidato, marcou reuniões nos comitês do candidato, Algumas coisas mudaram e outras foram mantidas.A palavra de ordem, a partir de então, era um objetivo mais audacioso em busca de votos. Do meu canto, observava tudo. E o pensador e criador tinha certeza de um resultado positivo. Tanto tinha que, ao sair o primeiro resultado parcial, liguei para ele e perguntei: "Marcio Passos, você viu a primeira parcial?" Ele respondeu: "Não, cheguei aqui em casa agora. Hoje é o aniversário da Heloísa, justamente no dia da eleição. Como ficou?" Era o retrato da tranquilidade de quem tinha a certeza da vitória. Deu um banho de marketing político. E só sabiam do seu envolvimento aqueles que lhe eram mais próximos. Atacou os dois maiores polos eleitorais da região, João Monlevade e Itabira, usando a medida certa. Venceu em ambos. Outro fato também marcante, mas que diz respeito somente ao Nozinho, é que ele agora tem um enorme abacaxi para descascar. A debandada de filiados do PDT para um candidato de outro partido, muitos deles em troca de emprego na prefeitura, abriu uma fresta muito grande no partido. E agora, sem qualquer discussão, Nozinho é o grande líder regional do partido. Para colocar ordem na casa deverá até cortar na própria carne, mas, uma coisa é certa: as andorinhas que se forem serão substituídas imediatamente, talvez, por um número bem maior e melhor, porque, os que debandaram, viram e devem ter sentido que eles não fizeram falta alguma.

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