quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Não, não é um tabuleiro de xadrez. Este, por ser mais complexo, iludiria melhor os incautos. É simplesmente uma mesa redonda, um baralho marcado e tudo sabe quem as distribui. Estou falando da jogatina em que se transformou nossa João Monlevade, em que são tiradas cartas e colocadas outras, mas todas marcadas, de forma grosseira e às vistas de todos e de tudo. A secretária de Fazenda,. ex prefeita de Nova Era, é demitida do cargo e vai para a cidade que gerenciou fazer política para o filho de Mauri Torres. Terminada a eleição, ela retorna e é readmitida como secretária de Fazenda da prefeitura de João Monlevade. Sinval Jacinto Dias, vereador eleito pela quinta vez, licencia-se e é nomeado secretário de Serviços Urbanos, sem a menor qualificação para o cargo. mas, abre vaga para o ex vereador José Lascado, agora suplente, e assim, ambos estão com o problema resolvido. Terminam as eleições e Sinval retorna à Câmara, depois de quase dois anos como secretário de Serviços Urbanos lavando praças, ele próprio, e fotografando o que fazia. Lascado perde o mandato. Ah, mas existe um jeitinho. O filho dele, para que a renda da família não seja atingida, será nomeado secretário de Serviços Urbanos. A exemplo do Sinval, sem qualquer qualificação para o cargo. Eu me ponho a perguntar: jogo sujo e imoral, porque se o dinheiro será ganho de forma honrada, com o trabalho, a forma pela qual foi conduzida a questão é imoralíssima. A prefeitura não é dos Torres, nem filhos e nem pai, a Câmara não é dos Torres, nem filhos nem pai, e a cidade muito menos, que não pode de forma alguma servir de bureau eleitoral para a família e amigos tendo o dinheiro público como amparo político, através de troca-troca de cargos e outros expedientes nada recomendáveis. O dinheiro público é feito de impostos que a população paga e paga caro. Ele existe para o bem comum e não para servir de gangorra de quem não tem capacidade para trabalhar sério e enfrentar a vida de frente.Não foi para isso que a população votou num rapaz que era um ilustre desconhecido e que só recebeu o sufrágio das urnas pelo sobrenome Torres, a exemplo do outro irmão agora para deputado. O dinheiro é público e, por isto, sagrado. Não pertence ao bolso de quem o administra e muito menos de seus parentes e amigos. E a gente tem que falar porque a Câmara está entregue também aos Torres, que mandam e eles, vereadores, obedecem. E temos aí uma cidade muito mal administrada, apesar de ter R$27 milhões em caixa, e apesar também de não ser banco, nenhuma expectativa que possa trazer algum alento. e, para total infelicidade geral de todos, uma grande parte da população que vota por puxassaquismo e, pasmem,composta por eleitores mais esclarecidos. E vamos tocando o barco até enquanto a paciência aguentar. Quando não der mais, outros portos nos aguardam.

Um comentário:

Unknown disse...

Bom dia meu amigo. Leio sempre suas crônicas. Qual será a proxima?