sábado, 2 de abril de 2016

Fala-se muito em ditadura neste Brasil. E logo vem a mente o regime militar. Mas há também a ditadura quando o Estado, mesmo civil, se impõe como totalitário. E aí nos vem logo a ideia federativa. Nunca nos chama a atenção a questão municipalista. Mal sabemos nós que esse totalitarismo municipal é o mais fácil de ser disseminado justamente pela falta de nossa percepção. Vai se instalando paulatinamente, sempre na medida certa para que nenhuma inteligência seja aguçada, e, quando menos se espera, o cerco está feito, o xerifado instalado e daí para a frente dança-se a valsa que for tocada. Eu estou falando de João Monlevade. Estou falando de nossa história. Hoje, estamos reféns de um totalitarismo. Tudo em nossa cidade está hoje preso a um xerife e seu capataz. Quem manda na prefeitura? Na Câmara, na Amepi, no Cismep, Hospital Margarida, Associação dos Aposentados, Crea, Acimon, CDL, Real Esporte Clube? Ainda deixo de citar alguns consórcios suspeitos que foram criados e que estão envolvidos com o serviço ´público. E o que temos feito? Nada. Nem percebemos. Estamos preocupados com partidos políticos e suas candidaturas. Estamos na contra mão do bom senso, que seria unir forças para derrubar esse poder que se agigantou e que já nos escraviza. O momento não é de criar a corrida sucessória, mas de agrupar. Unir forças certos de que o xerifado é sagaz. Não nadem nas ondas dos boatos, pois foi com eles que tiraram da frente do vitorioso nas eleições passadas todos aqueles que poderiam derrotá-lo ou servir de tropeço à sua eleição. Dois que provaram desse veneno foram o médico Railton Franlin, hoje vice-prefeito, e o atual pretenso candidato Delci Couto. Debaixo desse domínio vemos João Monlevade sofrendo as agruras de uma epidemia de dengue, e sou testemunha ocular porque estive três vezes no hospital nesta semana por ser uma das vítimas, tudo em razão de um ano e meio sem qualquer fiscalização por parte da Visa, que teve seus fiscais demitidos a título de economia pelo atual prefeito, numa demonstração de incapacidade gestora. Agosto se aproximas e temos certeza que haverá dinheiro grosso para a cavalgada. E está tudo certo, porque o poder quer e o poder manda. E vale a pena perguntar: e as cabeças pensantes, permitirão a continuidade do que aí está? É mais importante lutar por um partido político ou lutar pela cidade? E vale a pena também repetir: QUANDO UM PODER SE AGIGANTA, VOCÊ TEM DUAS OPÇÕES: DERRUBÁ-LO OU SE TORNAR ESCRAVO DELE.

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