quinta-feira, 12 de maio de 2016

A maré baixou. Pelo menos por seis meses. O povo volta a se encher de esperança, como sempre. Será? Não estou acreditando mais nem na nossa mãe esperança, que sempre nos foi servida a cada governo que se muda. Pelo menos já vimos que o açúcar mudou, mas os mosquitos são os mesmos. Henrique Meireles é velho conhecido do time titular. Foi diretor do Banco Central no primeiro governo do Lula. Mas, em toda essa farofa política que vivemos nos últimos dias, alguns fatos me chamaram a atenção. Continua errando o PT pela prepotência de alguns de seus agentes, como aquele deputado que, na votação da Câmara dos Deputados sobre o encaminhamento do parecer ao Senado, chegou em frente ao ´presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e lhe disse: "Senhor presidente, você é um cafajeste". Desrespeito total, porque seja quem for o presidente da Câmara, manchado de que forma for, é o presidente da Câmara. O líder da presidente no Senado, Lindbergh Farias, dá azia em saco de bicarbonato, de tanta antipatia. E tudo isso desgasta não só quem assiste, mas quem está no debate com eles. A defesa da presidente pecou em querer nortear a argumentação para golpe, quando tinha que se ater ao problema em si, que seria justificar as ações da presidente no que tange ao orçamento da União. Em toda discussão e discursos, palmas para Cristovam Buarque, disparadamente o melhor orador de toda essa história. Sinceramente que não acredito que alguma coisa irá melhorar a vida do brasileiro. Nos meus oitenta anos, só vi melhorar uma vez, com Itamar Franco e o Plano Real. O resto é só promessa, desvarios de palanques e engodo, fatos que se tornaram modelo eleitoral. Em toda essa trama de impeachment ou mão, estranha-se o recolhimento do grande líder petista,Luiz Inácio Lula da Silva, que nem se pronunciou para dar uma força aos companheiros, deixando-os ao abandono e gerando a descrença entre eles. Essa queda do PT, podemos assim dizer, mostrou que o Brasil precisa, através de seus governantes, cuidar dele somente e esquecer as questões internacionais que tratam das ideologias. Somos sem estrutura alguma para enfrentar os problemas internos, como haveremos de nos preocupar com Argentina, Bolívia, Venezuela e outros? É preciso olhar para os nossos filhos. Nunca ouvi dizer que um país poderoso viesse nos trazendo alguma coisa de forma gratuita. Vivemos num mundo capitalista em que nele tudo tem preço.E as duas mais caras nele são a honra e a fome. A primeira temos que lutar para mantê-la e a segunda não permitir que nos chegue.

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