sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Por acaso me deparei com um jornal em cima de um balcão que trazia como manchete a intenção da Câmara Municipal de ouvir o médico e candidato derrotado na última eleição, Railton Franklin, sobre questões que o envolvem profissionalmente no Hospital Margarida, fato divulgado pela imprensa e redes sociais da cidade durante as eleições municipais. Estranhei porque ao que me consta o poder publico municipal está inteiramente distante daquela unidade de saúde, pois não faz repasses para ela há muito tempo. Ao contrario, onerou ainda mais os cofres do hospital transferindo para ele o ônus decorrente do Serviço de Pronto Atendimento, elevando o deficit daquela unidade de R$250 para R$600 mil mensais. Entendo que se assim tiver a Câmara tal responsabilidade, necessário seria que ela prestasse serviço muito maior ao município colocando em pratos limpos aquela associação fajuta, nomeada pelo ex-prefeito Carlos Moreira, mais que, na realidade nem endereço tem, e cujas pessoas que a integram são inteiramente analfabetos em questão de saúde, como também o atual provedor, com afinidade comercial ligada também ao ex-prefeito, conforme mostrado no último pleito eleitoral, pois tal quadro vigente já se tornou hipócrita, com o silencio de todas as partes, inclusive da imprensa. Melhor seria ainda a Câmara Municipal verificar também, e ai a Câmara tem inteira responsabilidade. A denúncia feita no período eleitoral, de bens pertencentes à prefeita eleita, que não fizeram parte da declaração no registro da candidatura, criando uma situação julgável do que popularmente é chamado de "laranja". No dia 12 de setembro último, postei no meu blog matéria mostrando os riscos da violência invadir as questões eleitorais em nossa cidade. Naquela ocasião citei o exemplo da baixada fluminense. Durante o pleito eleitoral vimos 28 mortes de candidatos ocorridas no país. Tudo pela busca do poder. O ato de a Câmara querer ouvir o médico Railton nos cheira a perseguição politica, a não ser que a Câmara verifique o caso da prefeita eleita, que está muito mais afeto à Câmara. Na atual conjuntura, omitir o segundo será negar aos nossos nobres vereadores, atuais e futuros, a nobreza do titulo que eles sempre fizeram questão de serem nominados: "Vossa excelência".

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