quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Estamos findando o 2016 não como um ano desastroso para a nossa historia, porque os desastres aconteciam há muito tempo e nós é que não queríamos perceber. E não é somente na esfera federal. Nas estadual e municipal também. Como não sou filiado a qualquer partido político, não tenho ideologia, esquerda, direita ou centro, pois acredito muito no homem como agente determinante de ações, sejam malévolas ou benéficas, prefiro falar do chão que piso porque foi nele que nasceram alguns dos meus filhos e onde criei todos eles. Fechamos o ano com uma tarja preta em nossa bandeira. Querem ver? Temos um ex prefeito com direitos políticos suspensos até o ano de 2027. Este mesmo ex prefeito lançou a mulher dele como candidata à prefeitura. Ele, impedido até de votar, esteve à frente de toda a campanha dela, inclusive utilizando-se de uma rádio que é uma concessão pública, como também da máquina pública onde o prefeito que agora sai foi eleito também com a coordenação política dele. Durante a campanha descobre-se que a mulher dele declarou somente um carro no valor de R$11 mil como bem, mas descobre-se também que ela é sócia proprietária de outras empresas sem que alguém soubesse. Acrescente-se a tudo que as contas de campanha foram reprovadas, foi diplomada através de liminar, será empossada da mesma forma e ainda há sentença de anulação do registro da candidatura por abuso do poder econômico, tudo para resolver depois do recesso da justiça. Mas não paramos aí. Temos um presidente da Câmara Municipal, que deverá ser reeleito, processado por improbidade, cujo processo se acha no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Temos anunciado dentre o secretariado futuro quem teve processo e condenação por desvio de dinheiro público, fato estranho porque há lei na Câmara Municipal que proíbe tal circunstância. Há, entre o atual secretariado, quem já foi anunciado com a sua permanência, sendo que utiliza-se de "laranja" dentro da administração municipal, fato que denunciei há mais tempo neste mesmo espaço mas que todos, administração e Câmara, fizeram ouvido e olhares de mercadores. E a gente chega às raias do desânimo quando vê a irmã de um ex provedor do Hospital Margarida ocupar cargo importante no futuro governo, quando ele, ex provedor, abandonou aquela unidade de saúde tão logo foi responsabilizado por uma comissão de inquérito de fraude cometida por alguns médicos que causou prejuízo de R$332 mil, que corrigidos já ultrapassam os R$500 mil. Os alheios hão de perguntar: mas e o Ministério Público e a Câmara Municipal,nada fazem? Respondo: Se eu ou outro coitado qualquer cometesse qualquer dos crimes citados, os clarins soariam. Mas... A Câmara Municipal? se já era de fazer somente reunião "ordinária" com onze integrantes, imagina agora com quinze. E olha que os poderes que citei por último são os únicos que poderiam alimentar a nossa esperança, principalmente a Câmara, pois institui leis, pode cobrar, exigir e usar a força pública no cumprimento das leis. Mas preferem, tanto um como o outro, a adição ou indiferença, como queiram, porque é muito mais confortável, principalmente na hora de gastar os polpudos salários.
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