terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Realmente João Monlevade está devendo muito na questão de memória. Da-se mais valor aos que menos ou nada fizeram e esquece-se os que fizeram. Por exemplo: José Machado. O homem que descobriu o medicamento para combater uma bactéria que existia na água das cisternas do então distrito de Carneirinhos e que dizimava quase 20% das crianças que aqui nasciam. E mais: foi ao então governador José de Magalhães Pinto, em seu gabinete,pediu a ele para assinar a lei de emancipação do então distrito, que estava engavetada, foi atendido e ainda pediu o asfaltamento da Avenida Getúlio Vargas, o que aconteceu de imediato.O que há no município em nome dele? Mas em nome do pai do pastor Carlinhos, tem. Geraldo de Paula Santos, outro que transportava membros da comissão emancipadora quando ia fazer compras em Belo Horizonte, contribuía com a caixinha de viagem que a comissão fazia para fazer face às despesas e doou um quarteirão para o esporte de Carneirinhos, que acabou se transformando no campo do Flamengo e mais tarde teve um fim funesto em negociata.O que há em nome dele? Alonso Batista Leite é outro. Cedia o cinema que tinha onde hoje é o Foto Central para reuniões da comissão emancipadora, contribuía financeiramente e nada tem em nome dele. Mais à frente na história. Dra. Maria Déa Ramos, que abandonou a profissão para dirigir o Hospital Margarida. E que direção! Quem conseguiu fazer melhor? Quem conseguiu maior respeito da classe médica lá no hospital do que ela? No entanto, foi homenageada com o nome do Serviço do Pronto Atendimento por ocasião de sua inauguração,no prédio foi colocada uma placa alusiva, mudaram o prédio e perderam ou jogaram fora a placa. No novo deve ter outra com o nome de alguém que não prestou qualquer serviço ao município. Por último, vou falar do homem responsável em abrir as portas do município para as universidades: Walfrido dos Mares Guia, grande responsável pela vinda da UFOP para João Monlevade e autor da Aula Magna no Social Clube. Jamais recebeu qualquer homenagem pelo feito. Mas o Valdemar Costa Neto, corrupto condenado à cadeia no julgamento do mensalão, é cidadão honorário de João Monlevade, e, parece que vai continuar sendo!
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2 comentários:
Chico, povo sem memória e sem identidade é facilmente manipulado ao sabor dos interesses de seu manipulador. E mais: os valores que esses personagens representaram no passado são, excessivamente, bons e incompatíveis com o projeto de ganância dos dias atuais. Cito outro exemplo: a rua que dá acesso à garagem do Enscon no Bairro Sion leva o nome do pai do Mauro Lara. O primeiro nunca pisou os pés aqui em João Monlevade. O segundo mora em BH e á dono da empresa prestadora do trasnporte coletivo com a tarifa mais cara do país .
Caros Amigos Chico e Fernando, memória é uma "coisa" que o brasileiro não tem mesmo, e verfica-se, ainda, que gratidão muito menos.
D. Carmem Parteira deveria ganhar uma homenagem, e poder-se-ia citar outros nomes que fizeram algo por Monlevade, sem ganhar nada, sem receber, sequer, do poder público um Muito Obrigado. Isto é lastimável. Como podemos fazer um movimento para mudar os nomes das ruas que são de pessoas que nada tem a ver com a cidade?
Um plebiscito?
Os NOBRES vereadores?
Façamos algo. Antes que seja tarde, e mudem ou acrescentem algum nome diferente ao de João Monlevade.
Abs
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