Chico Franco

A democracia brasileira está desmoralizada em razão da safadeza de políticos que encontram abrigo dentro de seus próprios partidos que, às vezes, lhes servem até de amparo perante a justiça. Temos aí os casos de petistas no mensalão, dos tucanos mineiros também envolvidos no mensalão, daquele deputado federal do PDT, cujo nome não perdi tempo em guardar para não contaminar a minha mente, que fez toda aquela cachorrada no DNIT, renunciou ao cargo e voltou ao Congresso, quando deveria ter ido para a cadeia, temos agora o caso do Paulo Roberto Costa, bandido que dirigia a Petrobrás Distribuidora, do Partido Progressista e lá posto a pedido do próprio partido, surge o deputado federal André Vargas, outro sujo que ainda faz chantagem e o partido dele, o PT, aceita e tenta imunizá-lo, e, a gente vai correndo o dia a dia da política e vendo que os partidos estão infestados de canalhas e todos coniventes com as corrupções que são descobertas, sim, descobertas, porque muitas ainda não foram. E o PMDB e outros Ps vão juntos.E o Brasil se afundando econômica e moralmente. E enquanto tentam barrar uma denúncia contra um partido, o outro ameaça também com denúncia. Deixa de ser troca de favores para ser troca de safadezas. E a gente fica observando como são as coisas. Na década de 80, os grandes vilões eram o Sarney, o Maluf e o Ulysses Guimarães. Na década de 90 o grande vilão foi o FHC, cujo título foi prorrogado até o ano de 2.005. Hoje não há mais vilões porque eles passaram junto com a caravana. E a grande vilã passa ser a mídia. Na defesa de seus interesses, políticos acusam a imprensa de fazer jogo sujo contra eles. Ninguém observa e nem quer ver que a catinga é geral. Acusados e acusadores estão vivendo em meio a uma fedentina insuportável aos que não estão acostumados com esse tipo de coisa. Tudo em nome de algo chamado de "partido político" que, muitas vezes, é chamada de ideologia, coisa que o brasileiro nem sabe o que é e que tem servido de enfeite intelectual para muita gente. Estamos chegando ao período eleitoral. PT e PSDB se degradiam pela liderança. Junta tudo, põe num tacho e bota fogo em baixo que não sai fumaça. Querem um exemplo de que há muita coisa ainda a se apurar? Mexam nas obras de Belo Horizonte, naqueles enormes viadutos, onde a Camargo Correa foi uma das empreiteiras. Mexam e verão no que vai dar. Foi a época da lua de mel entre Pimentel e Aécio. Em João Monlevade se chocam os ovos chocos de uma política que também se perdeu. Administração inerte, candidatos, ao que se ouve falar, péssimos e todos aguardando a avalanche de paraquedistas com Alexandre Silveira, o homem que atendeu o vereador Djalma Bastos e doou cinco veículos para a região, pelo menos foi assim que entendi, que ele comprou e entregou ao Djalma para distribuir. Ou não foi assim? Jornais que corrijam, se for o caso. Veremos Rodrigo de Castro anunciando outros milhões para o Hospital Margarida (esse hospital é um saco sem fundo) e, como fio de esperança, o ex prefeito de São Gonçalo, Nozinho que, pelo menos não teve nenhum processo contra ele pelos oito anos de sua administração em São Gonçalo do Rio Abaixo, com a prefeitura nadando em dinheiro.