sexta-feira, 11 de abril de 2014

Quem tem a alma voltada para o cotidiano de uma cidade que ama e que escolheu como sua, passa a vida inteira olhando só para ela e não percebe que, com isso, está criando um emaranhado de situações que o envolve política e socialmente a uma equação da qual ele é também agente, mesmo sem perceber. E cria-se um "ninho" de amigos que, pela rotina, formam a história desse conjunto de cidade,gente, coisas, fatos e convivência, não dando, às vezes, a importância que deveria dar porque, homens e fatos é que fazem a história, a gosto ou a contragosto, ou até mesmo por descuido. É exatamente o que estou vivendo neste momento. Surpreende-me as citações feitas pelo Marcelo Melo à minha pessoa, por várias vezes, em seu livro "A Saga". Que somos amigos, somos, há muitos anos, e acho até que essa amizade já equiparou a idade dele à minha, para tentar gracejar. Mas envaideceu-me tantas citações. Agradeço a generosidade do amigo cuja batalha faz parte da minha e eu da dele. E a semana foi chegando ao fim com mais surpresas. Vejo uma edição especial do jornal A Notícia em comemoração aos seus trinta anos e lá estou eu, com um currículum, fotos etc. Como o livro do Marcelo me fez "acordar" que estivemos juntos em nossas vidas, acordei também para o jornal, onde não estive junto só trabalhando, mas como amigo do diretor, funcionários e colaborador, muitas vezes, o que sempre me honrou também. Ao mesmo tempo em que eu imaginava como estou velho, me via também em toda a história contada pelo livro e pelo jornal. Depois, pesei tudo. E pude ver como valeu a pena. Foi assim que criei meus filhos. Foi assim que cumpri quatro mandatos como assessor de comunicação da prefeitura. Foi assim que pude mostrar a minha integridade, entrando e saindo pobre dela. Foi assim que me integrei inteiramente à sociedade de João Monlevade onde, se não conheço toda a população, posso garantir que quase toda me conhece. E agradeço tanto ao Marcelo quanto ao Márcio Passos e sua equipe. Vocês me rejuvenesceram e me deram um banho de reconforto por saber que tudo o que fiz não foi inútil. E, se vocês não estiveram sozinhos nas suas lutas, eu também não. Estive com vocês, com você, Marcelo, amigo e companheiro, e com você, Márcio Passos, que durante trinta anos abriu o compasso dos seus passos carregando um jornal com responsabilidade, zelo e a maestria de quem nasceu homem de imprensa, porque passou dias amargos, por situações até constrangedoras, mas viu o triunfo colocar sobre os seus ombros os lauréis da vitória. Muito obrigado e que Deus nos permita juntos por mais um meio século, porque eu vou lá. Que a felicidade esteja sempre ao lado de todos vocês.

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