sábado, 12 de julho de 2014

O prefeito Teófilo Torres está fazendo alguma coisa. Está asfaltando algumas ruas, inclusive a que dá acesso ao meu bairro. Tudo bem. Mas não é serviço essencial. Serviços essenciais são saúde, educação e saneamento básico. Nesta semana li no jornal O Tempo, como manchete principal, que Viçosa, cidade que fica na zona da mata de Minas Gerais, nem tão longe de nós e que, salvo engano, é a terra de Mauri Torres, pai do prefeito Teófilo, está se preparando para o racionamento de água. Ao ler, pensei: em breve a mesma manchete será com relação a João Monlevade. Para avivar a memória dos que moram aqui há mais tempo e informar aos que moram recentemente, o único prefeito que cuidou do problema da água em João Monlevade foi Germin Loureiro. Ele construiu o serviço de captação, a estação de tratamento, o reservatório e fez a distribuição. Capacidade para 60 mil habitantes. Isto entre os anos de 1967 a 1970. Mais tarde, quando novamente prefeito, entre os anos de 1983 a 1988, fez uma expansão para mais quinze mil habitantes. E foi só. Vejo que a prefeitura tem em caixa quase R$30 milhões. Que a receita deste ano mostra um aumento, até agora, de R$14 milhões.Seria a hora de mostrar boa gestão pública e resolver a ampliação do sistema de abastecimento de água. Embora o IBGE anuncie que temos uma população de 75 mil habitantes, tenho certeza absoluta que já chegamos aos 90 mil. E não podemos esperar o colapso para depois tomarmos providências. E, do jeito que a administração vai, podemos dizer sem medo de errar, que está um show de má gestão. Querem exemplos? Assumem a manutenção da creche Luz aos Pequeninos. Dois meses depois deixam cortar a energia elétrica, com a gerente ficando desesperada e tendo que pedir para fazerem "um gato", senão a carne que estava guardada estragaria toda. A cidade fica seis meses sem tirar carteira de trabalho porque quebrou uma máquina que custa cerca de R$4 mil. Um mamógrafo novo está parado há quase dez anos e é enviado um mamógrafo para conserto em Belo Horizonte, não sei se o novo que de tanto ficar parado estragou ou se é outro, mas o certo é que Monlevade ficou sem mamógrafo. E por aí vai. Se juntar todos os erros e descasos, o espaço fica pequeno. O pior de tudo, e aí fica bem claro que não estou denunciando nada, porque não tenho prova, tão pouco criando evidências, mas apenas mostrando que asfalto é um grande negócio para uma administração. Primeiro, porque dá dividendos políticos; segundo, porque é o melhor meio de fazer falcatruas, pois a licitação é feita para tantos metros de asfaltamento, com a espessura de 3x. E se a espessura que está sendo feita for de 1x? Quem é o responsável pela fiscalização, senão o secretário do prefeito? A Câmara Municipal, nunca, em tempo algum, um vereador fiscalizou. E não será na atual que haverá alguém. E é uma obrigação do vereador, mais do que ninguém. E nós vamos empurrando a nossa vida, juntamente com a cidade, com a barriga. Até quando Deus quiser.

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