Chico Franco

O mês de março sempre foi marcante em notícias. Começa lá em Roma, com Brutos apunhalando Cezar, justamente num dia 15 de março. Aqui na América do Sul, vemos a Venezuela criando história e o Brasil todo enrolado. Mas, o que vemos no Brasil é uma situação de se lamentar muito. Nossa presidente está num angu de caroço. O alvoroço tem implicações administrativas, políticas e moralistas. Se a presidente não copiar a história, quando José Bonifácio determinou ao seu pupilo Don Pedro I que proclamasse a independência do Brasil, pois assim ele sairia heroi e não bandido, ela vai se dar muito mal. A segunda hipótese para ela é a mais provável. Ela tem que gritar a toda altura que quer os envolvidos em escândalos públicos na cadeia, não como aquele projeto contra a corrupção que ela mandou para o Congresso, simplesmente o obvio, em que o servidor público tem que ter ficha limpa, mas ela tem que gritar e não mandar ministros do TSJ mudarem de turmas para aliviarem as penalidades em razão das ilicitudes cometidas. Tem que se impor moralmente. Choque político já existe. A base dela tem o presideente da Câmara que só está ao lado dela até a terceira página. O presdente do Senado está com ela somente até o segundo quilômetro. Seu ministro da Educação abandonou o barco por dizer algumas verdades. O pior de tudo é que o homem mais forte do seu partido depois do Lula, o José Dirceu, está atolado outra vez no escândalo do Lava Jato. Prestou consultoria justamente para as emporesas que estão denunciadas. A credibilidade dela junto ao povo despencou. Das duas alternativas, uma: ou sai bandida ou sai heroina. Não há outra. Para piorar a situação, o prefeito de São Sebastião do Alto, Mauro Henrique,do PT, é pego com a mão na massa, recebendo R$100 mil de propina de uma empreiteira. Aliás, o Brasil inteiro está cheio de lavajatinhos.Aqui mesmo em João Monlevade há, numa entidade de caráter público, mas o Curador do Patrimônio Público só aceita denúncia de maneira formal, pois lhe dá mais conforto e menos trabalho para verificar. Eu que não ganho nada para descobrir, sei, enquanto quem ganha não sabe ou nem quer saber. É o Brasil de cabeça para baixo, sem rumo e sem esperança.