domingo, 3 de maio de 2015

Diante de informações que tive, de fonte que eu confio plenamente e ninguém pode negar que sou muito bem informado, vou entrar mais fundo num assunto que tomou conta ultimamente. Aquela denúncia feita por Luis Claudio Oliveira, sobre casal que perdeu um filho na hora do parto por falta de pediatra no Hospital Margarida, está sofrendo reviravolta nos bastidores. É que, segundo apurei, o pai da criança, médico obstetra João Paulo Vito, na hora do parto de sua esposa, telefonou para dois pediatras e eles não estavam na cidade. Alguém, não sei se a pedido dele ou a mando do Hospital, foi a casa de uma pediatra chamá-la. A médica, ao ser informada pelo filho que fez o atendimento na porta, ligou para o Hospital para saber o que estava se passando. Foi quando disseram para ela que a esposa do colega dela (falou o nome) estava na sala de parto e precisando de pediatra. A médica foi, porém, com certo atraso, pois a criança acabara de nascer. Pois bem. Esta foi a versão que apurei. A mesma fonte que me passou tais informações, me disse que a médica pediatra foi constada no prontuário como presente à sala de parto sem ressalvas. Não conheço o médico João Paulo Vito, não sei se é um homem de atitude, se não é etc. O certo é que me vem à mente o fato de que a classe médica tem um modelo ético em que os procedimentos deles não se chocam. E tudo isso me assusta porque a Associação Médica não se manifestou na questão em tempo hábil. Estão todos em silêncio, médicos, Associação, Hospital etc. Ora, quem estava no Hospital acompanhando o parto da esposa não era o médico, era o homem João Paulo. Quem perdeu o filho não foi o médico, foi o homem João Paulo. O problema não é para abrir a planilha do corporativismo, mas olhar e agir com a situação de frente, para que o que foi dito há mais ou menos onze anos, de que a classe médica é uma máfia de branco, não se confirme. E a complexidade abre o seu leque e me vem a lembrança da tal unificação PA/Pronto Socorro do Hospital Margarida. Não terá essa unificação alguma coisa com a regularização empregatícia do atual gerente do Hospital, que, ao mesmo tempo em que é funcionário do Estado lotado na Prefeitura de João Monlevade é gerente do Hospital Margarida? Essa unificação não faz parte de uma teia de aranha política que ainda não deu para se entender bem o que querem? Por que só às vésperas da eleição municipal ela poderá acontecer, quando se fala nela desde a época do Prandini? O certo mesmo é que alguns políticos que lideram em nossa cidade não se importam que o município vá à falência desde que eles se mantenham no poder. Não se importam que a população se dane e nem que o Hospital Margarida seja fechado. Eles são eles futebol clube, com dinheiro no bolso, e o resto é resto. E faço uma aposta: o caso da criança vai ficar como está, o gerente do Hospital vai continuar com os dois cargos, Estado e Hospital, o açúcar continuará com os mesmos mosquitos e os puxa-sacos batendo palmas para os plantonistas. E me informam neste momento, quinze horas de domingo (03), que uma criança foi transferida do PA para o Hospital Margarida, por ordem do gerente do Hospital, sem que haja pediatra naquela unidade de saúde.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Chico Franco, boa noite.
Aqui quem escreve é o João Paulo Vito, médico de quem o senhor postou um texto há alguns dias. Gostaria que me enviasse o seu email, para que eu possa mandar um texto de resposta ( por aqui é muito difícil). Gostaria de esclarecer o fato, pois as informações que o senhor apurou não são verdadeiras e não correspondem ao fato ocorrido. Aguardo o seu email para que possa enviar o texto ao senhor, e gostaria que lesse e publicasse em seu blog. Cordialmente
João Paulo Vito e esposa