sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Quando Jean-Atoine Félix D. Monlevade subiu os rios em canoas trazendo a forja para instalação da primeira fabrica de ferro do Brasil, que mais tarde também foi a primeira siderúrgica brasileira, não poderia imaginar que a cidade estaria hoje com o desenvolvimento que está, principalmente na área de agricultura, pois a cidade é hoje também uma das grandes pioneiras na implantação de laranjais. O que estranha-se é que este ultimo ramo de negocio tem em seu bojo os sabidos e espertos, enquanto do outro lado estão os velhacos e idiotas. Os primeiros roubaram porque são ladrões de nascença. Os segundos se tornaram “depositários” porque além de ladrões também são metidos a sabidinhos. Os primeiros são adeptos da lei de Gerson, levar vantagem em tudo, enquanto os segundos ficam com parte da letra do samba denominado “Lama” de autoria de Mauro Duarte de Oliveira e exemplarmente gravado pela saudosa Clara Nunes que dizia em um dos seus trechos “Mas do que adianta estar no mais alto degrau da fama/Com a moral toda enterrada na lama”. O pior de tudo é que o laranja se julga sabido, muitas vezes achando que apagou os rastros da sua desventura, mas já tem registro dos seus feitos onde ele jamais imaginou que teria, pois o fato de quem não se envolve com esses tipos de trapaças, não significa que ele seja bobo e que o laranja seja sabido. Aliás, o avesso a esse tipo de coisa carrega em seu ombro a coragem para falar e provar e não vê “fantasmas” à frente de suas investidas. O avesso a essas questões carrega consigo o respeito à sua família, a Deus e aos homens, enquanto os adeptos não têm respeito nem por eles mesmos, pois estão criando seus filhos com o pão do diabo e sem saberem que um dia, nesta vida ou não, deverão se ajoelhar perante um tribunal onde a justiça jamais haverá de falhar. E a nossa sociedade assiste a tudo passivamente e permitindo, assim, que o nosso pequeno torrão de terra que chamamos de João Monlevade se transforme em mistura de mensalão, Petrobras, Dnit ou operação acrônico. Fica o recado e alguns toques para os inteligentes.

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