sábado, 26 de novembro de 2016

A história dessa consultoria que recebeu R$35 mil para prestar seus serviços ao Hospital Margarida está muito mal contada. O contrato em si, celebrado em 2013, referenda as suspeitas. Na primeira cláusula - DO OBJETO - cita que o contrato foi aprovado pela diretoria. Mas quem assinou foram só o Mauro Lúcio Pedrosa e Giovane Guimarães, provedor do Hospital e o dono da consultoria, consecutivamente. Aparece ainda a assinatura de Ricardo Torres, mas como testemunha. Outros diretores não assinaram. Existe ata que decidiu a contratação? Sabem quais serviços seriam realizados pela empresa? "Responsabilizar-se direta ou regressivamente, única e exclusivamente, pelos contratos de trabalho de seus empregados e de terceiros contratados e/ou envolvidos com este instrumento..." Seria preciso consultoria para isso ou qualquer pessoa entendida de Recursos Humanos poderia atender? No mais, o contrato só traz enrolo e ponderações sobre as regras dele mesmo, entre contratante e contratada, inclusive formas de pagamento, relação mútua das partes, valores e banco e conta a ser utilizada e reuniões com o provedor. É muito pouco serviço para tanto. O pior é que um hospital do porte do Margarida, que atende praticamente 12 cidades da região, excluindo Itabira, e que atende ainda os acidentados da BR 38l e parte da 262, diz o bom senso que não pode contratar os serviços de uma consultoria que não apresentou seu quadro técnico em tempo algum e que é instalada numa casa residencial em que mora o pai de seu proprietário, em Barão de Cocais. E ainda, quem tem o controle financeiro da consultoria é um tal Mauricio, funcionário da Gerência Regional de Itabira. Tudo muito estranho e que leva a uma total suspeita de maracutaia, porque, é bom que se diga,o Hospital Margarida, há mais de uma década, vem servindo de balcão de negócios pessoais de um grupo político que domina a cidade, haja vista a permanência por alguns anos como seu provedor, Ronaldo Alvarenga, amigo e cabo eleitoral de Mauri Torres, funcionário da Gerência Regional de Saúde em Itabira, e que precisava cumprir tempo de aposentadoria com melhoria de salário e o Hospital Margarida lhe contemplou com R$11 mil mensais, que eram somados aos mais de R$4 mil que ele ganhava do Estado. Esta é uma realidade que vivemos e o prenúncio é de que viveremos por mais algum tempo, e só nos resta resignar, ou, inesperadamente, a morte nos separar. O contrato ainda fala de levantamento de custo de internação,mas isso qualquer um que saiba multiplicar e dividir é capaz. Nem constei no corpo do texto.

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